Muito se tem discutido sobre as questões positivas e negativas da implantação do SINIAV nos veículos brasileiros. Para dar embasamento a essa discussão iremos usar como base algumas idéias utilizadas pelo o autor André Lemos no texto "Mídia locativa e territórios informacionais".
Num primeiro instante, Lemos conceitua mídia locativa como um conjunto de tecnologias e
processos info-comunicacionais cujo conteúdo informacional vincula-se a um lugar
específico e acrescenta que são dispositivos informacionais digitais cujo conteúdo da informação está diretamente ligado a uma localidade. Portanto, podemos afirmar que o sistema utilizado pelo SINIAV se caracteriza como uma mídia locativa, já que se trata da captação de dados de chips instalados nos veículos para diversas centrais espalhadas nas grandes cidades. No caso do SINIAV essa captação será feita por rádio freqüência, as RFID.
processos info-comunicacionais cujo conteúdo informacional vincula-se a um lugar
específico e acrescenta que são dispositivos informacionais digitais cujo conteúdo da informação está diretamente ligado a uma localidade. Portanto, podemos afirmar que o sistema utilizado pelo SINIAV se caracteriza como uma mídia locativa, já que se trata da captação de dados de chips instalados nos veículos para diversas centrais espalhadas nas grandes cidades. No caso do SINIAV essa captação será feita por rádio freqüência, as RFID.
As principais funções das mídias locativas são justamente o monitoramento, a vigilância, o mapeamento e a localização, fatores usados pelo governo para a implementação dos chips nos veículos brasileiros. O argumento dos governantes é de que com o novo sistema os brasileiros terão maior segurança, já que se o carro for roubado será facilmente localizada. Outra "tática" do governo é de que a longo prazo, o SINIAV ajudará na melhoria do trânsito nas grandes cidades. Para ilustrar como se daria essa melhoria, podemos dar o exemplo do mapeamento e monitoramento de movimento citado pelo autor André Lemos, onde ele explica a questão do poder que as mídias locativas têm nos dias de hoje de mapear o percurso das pessoas por meio de gps nos celulares, no caso do empreendimento brasileiro o meio seriam os chips localizados nos veículos. Sabendo o percurso que os carros fazer com mais frequência servirá como base para os responsáveis pelo trânsito terem algumas idéias no sentido de melhorar o trânsito em horários onde o fluxo de carros seja maior em determinada região.
Portanto, como o autor resume em seu texto, com as mídias locativas, as trocas informacionais
não emergem nem dos meios de massa (rádio, TV, jornais), nem do ciberespaço
acessado em espaços fechados (espaços privados ou semipúblicos), mas de objetos que
emitem localmente informações que são processadas através de artefatos móveis. Sendo assim, o SINIAV se encaixa como um exemplo perfeito sobre como se dão as trocas de informação na atualidade, onde cada vez mais o homem se vê com a necessidade de ter informações com rapidez e mobilidade, conseguindo isto graças a tecnologia que está cada vez mais avançada.
não emergem nem dos meios de massa (rádio, TV, jornais), nem do ciberespaço
acessado em espaços fechados (espaços privados ou semipúblicos), mas de objetos que
emitem localmente informações que são processadas através de artefatos móveis. Sendo assim, o SINIAV se encaixa como um exemplo perfeito sobre como se dão as trocas de informação na atualidade, onde cada vez mais o homem se vê com a necessidade de ter informações com rapidez e mobilidade, conseguindo isto graças a tecnologia que está cada vez mais avançada.
Outro ponto interessante abordado por Lemos, e que se assemelha com o SINIAV é a questão dos territórios informacionais, que modificaram com a chegada das mídias eletrônico-digitais. Na era da televisão, do rádio, das revistas e dos jornais, a relação se dava apenas no sentido da recepção, não havendo emissão. Com as novas mídias, passa-se a ter uma relação de emissão e recepção e acaba ocorrendo um controle de informações, o que acaba entrando na questão de até que ponto o SINIAV vai acabar afetando a privacidade dos condutores de veículos no Brasil. Por um lado esse controle pode ter um efeito positivo, já que vai informatizar, dar mais agilidade e controle às informações sobre multas e pagamentos de IPVA. Por outro lado vai acabar com o direito de ir e vir dos condutores, já que esses estarão sendo monitorados 24 hrs por dia, 7 dias por semana.
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